Reunião para atrair novos Patrocinadores para o Teatrão

O grupo de investidores interessado em explorar o complexo do Teatrão prometeu ontem ajudar o São José Esporte Clube a sair da crise caso o negócio envolvendo o centro poliesportivo se concretize.

Além de investimentos na ordem de R$ 7,5 milhões para a recuperação do complexo, a Associação Desportiva Atletas de Cristo ofereceu apoio jurídico ao clube para resolver uma série de pendências judiciais e trabalhistas e um plano de ação para atrair patrocinadores.

“Iremos oferecer assessoria jurídica gratuita ao São José para negociação das dívidas existentes e de processos jurídicos em andamento”, disse o tesoureiro da entidade, Abdo Calil, durante apresentação do projeto a vereadores, em encontro realizado na Câmara.

Segundo ele, o grupo também poderia ajudar o clube a atrair patrocinadores. “Já existem empresas interessadas em patrocinar o time.” O Teatrão foi construído pela prefeitura e cedido ao São José em 1981. O arrendamento do complexo depende de uma mudança na legislação municipal.

Vereadores questionaram o valor do aluguel oferecido pela entidade para explorar o Teatrão, de R$ 30 mil por mês. Os parlamentares cobraram um repasse mensal maior para ajudar o time de futebol. “Esse valor, para a realidade do São José, é quase nada”, disse o vereador Valdir Alvarenga (PSB). Calil retrucou afirmando que o objetivo do grupo é arrendar o complexo e explorá-lo comercialmente, e não investir no futebol.

O tesoureiro disse também que devem ser considerados os custos mensais de manutenção do complexo, que ultrapassariam R$ 220 mil por mês. Os custos chegariam a R$ 3 milhões por ano. A entidade afirmou já ter R$ 7,5 milhões em caixa para iniciar as obras de reforma do complexo esportivo. E que cerca de R$ 300 mil já foram gastos com a contratação de engenheiros e arquitetos para a reconstituir a planta do complexo e elaborar os projetos de recuperação.

Os investimentos poderiam ser ampliados caso o prazo de concessão salte de 30 para 50 anos, com a construção de um hotel cinco estrelas e um centro de treinamento. O grupo espera obter retornos financeiros com a transação após 22 anos. Eles apostam na atração de 25 mil sócios para utilizar o parque aquático e os campos de futebol e na locação do ginásio, salas e estacionamento. O vereador Robertinho da Padaria (PPS), presidente do São José, defendeu a proposta do grupo, alegando que o

Teatrão é hoje uma “propriedade particular”. “O grupo está aqui para esclarecer dúvidas. Essa proposta dá ao clube a possibilidade de recuperar sua estrutura e renegociar com a Justiça nossas dívidas. Queremos o nome do São José limpo.”

O Vale