Obras da Tamoios

A duplicação do trecho de planalto da SP-99 (Rodovia dos Tamoios) vai custar R$ 19,5 milhões por quilômetro aos cofres do Estado. O valor foi apontado em estudo da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A), que será responsável pela obra.

Segundo o levantamento, serão necessários R$ 390 milhões para duplicação entre os km 11,5, em São José, e o km 32,8, em Paraibuna. Para especialistas, o maior gasto será com desapropriações de terras, já que a proposta original do Estado prevê construir uma pista paralela a atual.

Segundo a Dersa, o montante de R$ 390 milhões é uma previsão ou seja, ainda pode variar para cima ou para baixo. O valor definitivo será apontado somente após a elaboração do projeto de engenharia, que deve ficar pronto até outubro.

Prometida há mais de uma década pelo Estado, a duplicação da Tamoios voltou à tona esta semana quando o governador Geraldo Alckmin (PSDB), em visita a Jacareí, disse que vai usar um contrato de 1993 para dar início aos serviços em janeiro de 2012.

O Estado informou que a medida será embasada em decreto de 1986, que antecedeu à atual Lei de Licitações. Segundo o anúncio feito pelo governador, a primeira etapa das obras na Tamoios será embutida no projeto da ligação Dutra-Carvalho Pinto em São José, lançado na gestão de Luiz Antonio Fleury Filho.

A manobra permitirá que o governo do Estado dê início à duplicação sem a
necessidade de abrir um novo processo licitatório. As obras do corredor Dutra-Carvalho Pinto são executadas desde 1993 pelo grupo Andrade Gutierrez por meio de aditamentos em um mesmo contrato.

A Dersa não respondeu ontem porque o Estado decidiu abrir mão do processo licita-tório e se por conta disso não corre o risco de pagar um preço mais alto pela obra. Prefeitos da região se esquivaram da polêmica, afirmando se tratar de uma questão técnica. O importante, dizem, é que a obra saia.

O projeto de duplicação do trecho de serra da Tamoios prevê a criação de uma PPP (Parceria Público-Privada), que está sendo formatada para a obra. Ao todo, o projeto prevê a duplicação de 54,4 quilômetros no trecho planalto, 39 quilômetros no trecho serra (os 21,4 quilômetros existentes mais 17,6 quilômetros de uma nova pista) e a construção de 38,1 quilômetros de contornos viários em São Sebastião e Caraguatatuba.

Ao todo, a obra consumirá cerca de R$ 4,5 bilhões.

Alheios a qualquer polêmica, prefeitos da região evitaram comentar o novo modelo de contrato escolhido pelo governo do Estado para dar início as obras de duplicação da rodovia dos Tamoios. Para eles, o mais importante é ter a obra o norte do contrato é uma questão unicamente técnica.

O prefeito de Paraibuna. Antônio Marcos de Barros (DEM) tem opinião semelhante. O prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci (PPS), afirmou que a medida mostra que o Estado está disposto a cumprir a promessa de duplicar a rodovia. “É melhor agilizar o início da obra do que ficar se prendendo a termos técnicos e não ter a Tamoios duplicada”, afirmou Colucci.

O Vale

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