Novo Projeto para moradores do Pinheirinho na cidade

O Centro de Emergência e Calamidade, o antigo Albergue Municipal de São José dos Campos, será desativado em um prazo de até 60 dias. O secretário de Desenvolvimento Social, João Francisco Sawaya de Lima, o Kiko, disse que a medida faz parte de um novo plano da pasta para atendimento social a moradores de rua da cidade.

O objetivo é coibir e reduzir o número de pedintes e andarilhos em São José. Na avaliação da SDS, por estar localizado próximo à rodoviária nova, o albergue acaba sendo referência para migrantes que chegam à cidade, principalmente pela rodovia Presidente Dutra.

“Vamos ter um outro local, na zona urbana, para atender aos moradores de rua”, disse. O prédio do antigo albergue será reformado e terá outra destinação, mas que, por enquanto, não está definida. “Estamos avaliando como utilizar o equipamento na área social”, afirmou o secretário.

Sawaya relatou que o programa de atendido a moradores de rua e migrantes foi reformulado e desmembrado. Para o albergue irão somente os moradores de rua que resistem a outro tipo de auxílio oferecido pela prefeitura.
Outro equipamento, a Casa de Passagem, na rua Eugênio Bonádio, centro, somente atenderá migrantes que estão de passagem pelo município.

Já os moradores de rua que têm dependência química com álcool ou drogas e que aceitam tratamento são encaminhados para uma clínica de recuperação, no Parque Interlagos. Sawaya afirmou que a SDS prepara ainda um terceiro local para receber os moradores de rua que já fizeram tratamento e estão em condições de deixar a clínica de recuperação. “Nesse local, eles terão atividades durante o dia todo e serão inseridos em programas de auxílio por até dois anos.”

O secretário relatou que foi montada uma força-tarefa para ampliar a abordagem a moradores de rua, com o apoio de profissionais da Secretaria de Saúde. Segundo ele, o objetivo é convencer os moradores que apresentam sinais de dependência química. “Em casos extremos não descartamos recorrer ao Judiciário para internar o morador dependente”, disse.

Na avaliação do secretário, o número de moradores de rua de São José tem sido reduzido com a nova sistemática de abordagem social. “Acreditamos que tivemos uma redução média de 40%.” Sawaya declarou que o albergue recebia em média de 120 a 130 pessoas por dia e hoje recebe em torno de 75.

Ele reconhece que há resistência às abordagens sociais e que muitos ignoram o programa da prefeitura. “Percebemos que muitas pessoas precisam de tratamento médico, por isso, solicitamos o apoio da Saúde.” Questionado sobre as queixas de comerciantes e moradores do centro a respeito do aumento do número de pedintes, o secretário afirmou que as rondas sociais são permanentes e intensificadas.

“Em alguns casos a abordagem social não funciona. É preciso a intervenção do pessoal da saúde, mas vamos continuar o trabalho de convencimento”, disse.

O Vale