O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) abriu licitação para contratar uma empresa e recuperar o asfalto no trecho de serra da Rodovia dos Tamoios, em Caraguatatuba. Serão feitas obras emergenciais de recapeamento e sinalização horizontal (pintada sobre a pista) entre os km 64 e 81, orçadas em R$ 6,35 milhões. O edital está disponível no site do DER.
O trecho sofre com buracos e problemas no piso asfáltico, o que prejudica a passagem de veículos e aumenta o risco de acidentes. As obras terão caráter emergencial enquanto o governo estadual não começa a segunda fase de duplicação da Tamoios, que prevê obras no trecho de serra e nos contornos entre Caraguá e São Sebastião.
A previsão do DER é de concluir o projeto da segunda fase apenas em novembro deste ano, após estudos e análises de engenharia. A empresa vencedora das obras emergenciais será escolhida pela modalidade de concorrência com o menor preço. Os envelopes com as propostas serão abertos em 6 de agosto. Empresas consorciadas não podem participar do certame.
De acordo com o DER, a obra será executada em quatro meses a partir da emissão da primeira ordem de serviço, o que só deve ocorrer entre agosto e setembro, dependendo do processo de licitação. Se houver recursos de empresas participantes, o início dos trabalhos pode demorar ainda mais.
O DER explicou que as obras fazem parte do mesmo pacote de recuperação implantado no trecho de planalto da rodovia antes do início das obras de duplicação, em maio deste ano. Além de uma nova pista ao lado da atual, serão implementados recursos de segurança como sinalização antiofuscante, passarelas e barreiras de concreto.
A duplicação, que vai levar 20 meses para ser concluída, inclui o trecho entre os km 11,5, em São José e 60,4, em Paraibuna. As obras estão orçadas em R$ 557,4 milhões. O início dos trabalhos de duplicação pelo trecho de planalto foi criticado por prefeitos do Litoral Norte, que esperavam as obras começando pela serra e pelos acessos à Caraguá e São Sebastião.
A pressão fez com que o governo estadual antecipasse para o primeiro semestre deste ano as audiências públicas sobre a segunda fase da duplicação, cujas obras devem durar em torno de quatro anos e exigirão diversas licenças ambientais.
“Recuperar o trecho de serra é importante para quem mora no litoral, em razão dos buracos e problemas no pavimento da rodovia”, disse Antônio Carlos da Silva (PSDB), prefeito de Caraguá. Para ele, as obras emergenciais poderão atenuar problemas no tráfego de veículos a partir da primavera e na temporada de verão.
O Vale