Crescimento na produção de lixo

Na empresa em que trabalha, a Conexão FGV, o comunicólogo também participa de outras ações sustentáveis. Como explicou o analista de marketing da Conexão, os descartáveis foram banidos. “Temos um meta de reduzir em 7% o consumo de energia até o final do ano, também”, disse.

Minoria. Castilho e sua família e a empresa onde trabalha ainda são minoria numa sociedade que se mostra cada vez mais consumista.Em São José, por exemplo, a produção de lixo subiu 56,2% nos últimos quatro anos enquanto o crescimento populacional foi de 5,8%.

Em 2007, com pouco mais de 594 mil habitantes, São José produzia diariamente 428 toneladas de lixo. Em 2011, com população de 629.921 pessoas, o volume diário de lixo é de 670 toneladas.

Em seguida, ele alerta: “Essa relação, lixo versus poder aquisitivo, não pode ser generalizada. Países europeus, como a Suíça, tem renda per capita muito maior e geração de resíduos bem menor. Portanto, a análise envolve a cultura local, costumes, políticas públicas, entre outros”.

Crítica. Para ambientalistas e especialistas da região, a discussão dos temas “consumo consciente” e “menor produção de lixo” deveriam anteceder a proposta da Prefeitura de São José de instalar uma termelétrica na cidade, como solução para aumentar a vida útil do aterro da cidade, estimada em 12 anos pelo governo.

A prefeitura defende que recicla hoje 10% de todo o lixo que poderia ser reciclado.

No ano passado, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Nela, incentiva-se a logística reversa e se estabelece que o poder público, em todas as suas esferas, deve fomentar o trabalho de cooperativas de reciclagem com incentivos, manter programas educativos para o consumo consciente e fiscalizar o cumprimento da lei.

O presidente da Urbam (Urbanizadora Municipal), Alfredo de Freitas Almeida, defende que São José tem a melhor coleta seletiva do país.