Cetesb aponta melhoria no ar de São José dos Campos

A qualidade do ar em São José dos Campos melhorou no ano passado, de acordo com o relatório anual elaborado e publicado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). O documento, que compara os índices medidos dos últimos três anos, indica que os medidores dos PQAr (Padrões de Qualidade do Ar) mostraram menos registros de saturação em 2011.

A avaliação da Cetesb abrange o estudo de partículas e resíduos no ar que interferem diretamente na qualidade do ambiente urbano na cidade. De acordo com o nível de partículas presentes no ar, a tabela da Cetesb indica que estes fatores podem implicar desde danos à vegetação e contaminação do solo até originar formação de chuva ácida.

Os índices gerais na cidade não tiveram registro de terem ficado acima do ideal. “O Ozônio, por exemplo ficou 19 dias acima do ideal e 11 deles com qualidade inadequada, o que mantém a cidade com maior parte dos dias do ano com qualidade boa”, disse Maria Helena Martins, gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb.

A avaliação da Cetesb abrange o estudo de partículas em suspensão (como poeira, aerossol e fuligem), fumaça e dióxido de enxofre (gás incolor, com forte odor, proveniente de processos de queima de óleo combustível e/ou refinaria de petróleo).

A gerente da Cetesb explica que na cidade há duas estações de coleta. “A do bairro Monte Castelo, que é automática e mede partículas inaláveis, ozônio e dióxido de enxofre, e a manual, que fica no parque Santos Dumont”, afirma. “Esta funciona de modo manual e dimensiona a quantidade de fumaça. Nela é feita uma medição de 24 horas a cada seis dias”, disse.

Para o arquiteto e urbanista Flávio Mourão, a cidade ainda pode oferecer mais possibilidades de áreas verdes aos moradores. “Por ser mais nova que as cidades vizinhas, São José é mais arborizada que Taubaté ou Caçapava, por exemplo. Porém, no miolo da cidade só há duas áreas verdes, que são os parques Santos Dumont e o Vicentina Aranha”, disse.

O especialista alerta para o conceito de área verde que pode ser utilizada pela população como espaços de vivência.“Pequenas praças e canteiros centrais de avenidas não se traduzem em áreas verdes que possam ser utilizadas pela população. Basta ver a quantidade de pessoas que vai ao Vicentina, por exemplo. Não há opções fora daquela região.”

De acordo com o urbanista, a demografia da região funciona como um local de concentração de partículas. “A região é considerada como crítica, porque tende a concentrar partículas e ter dispersão lenta. Temos parâmetros de poluição similares ao de São Paulo, logo, o clima pode ter favorecido a melhora.”

O Vale