Tarefa difícil para o farmacêutico é entender uma receita quando a letra do médico não ajuda. Você ou alguém que conhece já deve ter passado por isso. Mas casos assim podem ser denunciados ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
Normalmente, cabe ao farmacêutico decifrar o que o médico quis dizer, mas há situações em que a missão fica impossível. Se a situação é ruim para o farmacêutico, imagine para o paciente. É o caso da cozinheira Odila Moraes. Com uma receita ilegível, ela quase tomou o remédio errado e teve que voltar ao reumatologista. “Eu tenho mania de ler bula e eu olhei e vi que aquele remédio não tinha nada a ver comigo”, conta.
Com a receita de Odila em mãos, a reportagem do telejornal Link Vanguarda deste sábado (21) foi até uma farmácia em Jacareí. O farmacêutico não conseguiu decifrar a receita. “Aqui nesta farmácia 95% das receitas vêm escritas à mão. Só 5% vêm como deveria ser, datilografadas”, diz Gilberto Carmo.
O código de ética do Conselho Federal de Medicina diz que é vedado aos médicos receitar, atestar ou emitir laudos de forma ilegível. “Quando o médico der a receita, ele deve ler e explicar para o paciente o que fazer. Isso traz para o médico uma segurança”, explica Silvana Morandine, conselheira do CRM em São José dos Campos.
As denúncias são analisadas caso a caso. Entre as punições previstas pelo código de ética está a cassação do registro profissional. As denúncias devem ser feitas por carta ou apresentadas pessoalmente com uma cópia da receita no Conselho Regional de Medicina.
Vnews