A Prefeitura de São José dos Campos começou ontem a limpeza do terreno às margens da Estrada do Imperador, no final do antigo acampamento sem-teto Pinheirinho, na região sul, ocupado por usuários de crack. A cracolândia que se instalou ali depois da retirada da ocupação, em 22 de janeiro, chegou a reunir cerca de 40 dependentes químicos.
Eles dormem em barracas improvisadas na faixa de terreno entre a cerca que limita o Pinheirinho e a via pública, numa faixa de dois metros de largura, equivalente ao espaço de uma calçada. Ontem pela manhã, atendendo a reclamações de moradores e comerciantes, funcionários da SSM (Secretaria de Serviços Municipais) começaram a limpar o terreno, numa extensão de cerca de 800 metros.
Para evitar retaliação por parte dos dependentes, os funcionários contam com segurança de agentes da Guarda Civil Municipal. O serviço continua hoje no local ocupado pelos usuários de crack, que resistem a deixar a cracolândia e a aceitar o tratamento oferecido pela SDS (Secretaria de Desenvolvimento Social).
Apesar de duas rondas sociais realizadas naquela região diariamente, por assistentes sociais e educadores, apenas dois dependentes já aceitaram o tratamento oferecido pela SDS. Em nota, a pasta informou que manterá a “tentativa de convencimento dos usuários para aceitarem o tratamento em clínica especializada”.
Apesar da limpeza e da presença da Guarda Civil Municipal, um grupo de 10 usuários de crack continuou a circular pelo Pinheirinho no final da tarde de ontem. Assim que os funcionários da SSM foram embora, às 16h, eles voltaram ao “acampamento” às margens da estrada. Um deles usou até uma vassoura para limpar o terreno.
Moradores do Campo dos Alemães pediram uma atitude mais efetiva da prefeitura para tirar os usuários de crack. Eles disseram que estão com medo. “Não aguento mais a bagunça que eles fazem. Tem gente que fica até pelado. É uma arruaça sem tamanho, principalmente à noite. Não deixamos mais o portão aberto e as crianças não brincam na rua”, disse a dona de casa V.V., 55 anos, que já teve peças de roupa furtadas do quintal.
A comerciante M. C., 34 anos, que já teve um celular roubado por um usuário de crack, também pediu uma solução definitiva para o problema. “Muita gente dá coisas a eles por dó, mas eles vendem para comprar droga. É preciso uma solução definitiva.”
A reclamação dos moradores tem sido acompanhada pela Polícia Civil de São José. Segundo Leon Nascimento Ribeiro, delegado assistente do Deinter 1 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), a polícia vai procurar identificar os traficantes que atuam naquela área.
“O setor de inteligência da (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) está trabalhando nisso”, afirmou. Na opinião do defensor público Jairo Salvador, falta ao município uma política pública eficiente para atender o usuário de drogas e resolver o problema no Pinheirinho. Ele defende clínica pública para evitar rodízio em clínica particular, internação por um ano e acompanhamento familiar dos dependentes.
O Vale
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