A General Motors confirmou ontem a efetivação de 800 funcionários de sua unidade em São José dos Campos. O grupo tinha contrato temporário com vencimento neste segundo semestre.
Com a medida, a planta chega a 9.000 funcionários próprios, mesmo nível de emprego do período pré-crise mundial, que derrubou as vendas de carros e provocou demissões na indústria automotiva do país no começo de 2009.
Com as vendas em crescimento no mercado interno, alta de mais de 10% em relação a 2010, ano em que o setor já registrou recorde histórico, a indústria automotiva em geral confirma novos investimentos no país e planos de renovação de seus modelos.
No caso da GM, a planta de São José tem importância estratégica e deve receber pelo menos dois novos modelos.
A decisão de efetivar o grupo foi confirmada ontem após extensa negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos que se arrastava desde o início do ano. O anúncio também animou empresários e lideranças políticas, que acreditam em um efeito cascata na cadeia de autopeças e no setor de serviços (leia texto nesta página).
Segundo o sindicato da categoria, a efetivação faz parte de um acordo que prevê a equiparação salarial não só dos 800 temporários, como também de outros 200 já fixos que receberiam salários incompatíveis às funções desempenhadas atualmente.
Pelo acordo anunciado ontem, o primeiro grupo, formado por cerca de 350 funcionários, será efetivado em agosto. Eles fazem parte dos setores de CKDs (kits de veículos desmontados para exportação) e manuseio.
O restante dos trabalhadores será efetivado de acordo com o vencimento de seus contratos de temporários.
Além da efetivação de 800 trabalhadores, o plano de equiparação salarial, já aprovado ontem pelos funcionários da empresa por meio de assembleias em dois turnos, prevê o aumento do piso salarial nas áreas de manuseio, kits para exportação e operadores de empilhadeiras.
O reajuste será efetuado de acordo com o setor e o tempo de serviço de cada funcionário, com índices variando de 35,5% e 75,83%.
A grade salarial da área de kits para exportação e manuseio prevê reajustes após os quatro primeiros meses de admissão e, posteriormente, a cada seis meses, num total de oito reajustes. Já na produção, o aumento ocorrerá a cada seis meses, totalizando quatro reajustes.
Por meio de nota, a GM apenas confirmou a negociação e a efetivação dos funcionários. A fábrica de São José produz os modelos Corsa, Meriva, Montana, Classic, Zafira, S10, Blazer e CKDs, além de motores e transmissões.
Para o secretário de Relações do Trabalho de São José dos Campos, José Luís Nunes, as efetivações terão impacto em toda a cidade.
Balanço do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério do Trabalho no início da semana, apontou que o setor industrial teve o melhor desempenho do ano no saldo de geração de postos de trabalho formais em São José.
No acumulado de 2011, são 1.178 novos empregos gerados. “O bom desempenho puxa o crescimento de outros setores, como o de serviços”, disse o secretário.
Consolidado. O diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em São José, Almir Fernandes, ressalta que as efetivações são um indicativo de que o setor está consolidado.
O Vale
“decidi” ?????
Belo português…
Pedimos desculpas pelo erro de digitação.
Grato pelo alerta,
Equipe GuiaSJC