Com o risco iminente da desocupação, moradores do acampamento sem-teto do Pinheirinho, na zona sul de São José, se preparam para resistir e não descartam a possibilidade de confrontos com a Polícia Militar. Desde julho do ano passado, as 1.577 famílias que vivem no local aguardam apreensivas a reintegração de posse determinada pela juíza da 6ªVara Cível de São José, Márcia Loureiro.
A expectativa é que a desocupação ocorra após o recesso do Poder Judiciário, que termina segunda-feira. No acampamento o clima é de preocupação. Moradores se revezam 24 horas percorrendo a área para não serem surpreendidos com a chegada da Polícia Militar.
A estratégia irá garantir que todas as famílias sejam alertadas por meio de apito sobre a chegada da PM. Os sem-teto planejam formar uma corrente humana ao redor da ocupação com sindicalistas e religiosos, para impedir o acesso dos policiais à gleba. Há boatos de que alguns moradores também estariam estocando gasolina para um eventual confronto, mas as lideranças não comentam o caso.
Líder do acampamento sem-teto Pinheirinho, Valdir Martins, o Marron disse que a batalha pela casa própria não terá fim. “Não temos plano B porque ninguém tem para onde ir. Então a estratégia é de resistência até o fim”, disse.
Ele acredita que não serão necessários confrontos. “Ninguém aqui irá partir para a violência. O diálogo será nossa principal estratégia. Os governos Federal e Estadual já acenaram interesse em regularizar a área.” No caso de confronto, ele afirma que as crianças serão levadas para um lugar seguro.
Um dos coordenadores do acampamento, Juarez Silva, 44 anos, afirmou estar preparado para o confronto. “Eu não tenho medo. O povo está unido para se defender. Aqui construi minha casa e montei o meu negócio. Acho que temos que lutar pela nossa casa que é um sonho realizado. Estamos bem preparados.” Silva é um dos responsáveis pelo monitoramento da área.
O vendedor Luciano Paulino Gomes, 30 anos também está disposto a lutar para garantir a casa que construi para a família. Sua esposa, Maria Fernanda dos Santos, 25 anos, está grávida de quatro meses do segundo filho. “Vou resistir para garantir a casa da minha família.”
Seu vizinho, o motorista Jeremias Fernandes da Silva, 43 anos, espera por um confronto pacifico. “A gente não quer violência, mas o pessoal que quer nos retirar daqui não tem coração. Aqui é nosso lar e temos que resistir.”
A dona-de-casa Ana Cristina Bezerra, 38 anos, não teme a tropa de choque. “Eu não me preocupo. Se tiver de lutar, vou lutar para conseguir permanecer na minha casa com os meus filhos. Estamos aqui e preparados para enfrentar qualquer coisa.” Cristina é mãe de oito filhos.
O assessor da Secretaria Geral da Presidência, Wlamir Martines, condenou a possível desocupação da área e reafirmou o interesse do governo na aquisição da gleba. Ele afirmou que, em um caso de emergência, irá acionar a Secretária Nacional de Direitos Humanos para intervir e evitar a desocupação.
O Vale
ESSA JUIZA SE ESQUECEU QUE ESTAR LIDANDO COM SERES HUMANOS E AGORA INDEFESOS,ELA ESTAR LUTANDO POR UMA CAUSA PESSOAL SEM SE QUER OLHAR PARA TODAS ESSAS FAMILHAS SEI QUE MINHA MÃE E MEU PAI É UM DESSES MORADORES E A UNICA PESSOA QUE ELES TEM SOU EU QUE MORRO A 10HORAS DE VIAGEM DELA PRA ONDE ELA VAI PRA RUA POIS SUA PROVIÇÁO E CATADORA DE RECICLAGEM. QUEM OLHARA PARA ESSE POVO
por que não fazer um condominio numa area do lado do imperial para atender todas as familhas .Predio 4 andares obrigado,Prado.
Eu concordo com a desocupação,visto que ninguem tem o direito a ocupar o que não lhe pertence.Porque não invadiram lá pelo Capuava,Putim,Torrão de Ouro,Etc…,eles querem lugares em boa localização e se acham certos,deveriam pensar melhor e ver se é certo pergar o que não os pertencem e ainda colocar crianças na linha de frente para se proteger…Estão errados e ainda querem confronto,a Juiza esta certissima se todos fossem como ela nosso País estaria bem melhor…Que Jesus ilumine e proteja as pessoas de bem,as crianças,os policias,que lá estarão e que a justiça seja cumprida…É pura politicagem….